27 de abril de 2009

Cúmprense 60 anos da Rádio Pacífica nos EUA.

60 anos da Rádio Pacífica: um refúgio da dissidência

A rádio Pacífica foi fundada por Lew Hill, um pacifista que se recusou a lutar na Segunda Guerra Mundial. Quando saiu do centro de detenção depois da guerra, disse que os EUA necessitavam de um canal que não fosse administrado pelas empresas que enriqueciam com a guerra.

Texto: Amy Goodman - Democracy Now.
Tradução: Katarina Peixoto


A Rádio Pacífica, mais antiga rede de meios independentes dos Estados Unidos, completa 60 anos esta semana, no momento em que os meios dominantes estão mergulhados em uma profunda crise. Centenas, até milhares, de jornalistas estão sendo demitidos. Jornais respeitáveis, alguns com mais de cem anos de história, estão fechando abruptamente. A tecnologia digital está mudando as regras, destruindo indústrias inteiras e colocando de pernas para o ar as tarefas tradicionais de escritor, realizador cinematográfico, editor e consumidor. Os meios comerciais estão perdendo público e patrocinadores. As pessoas estão explorando novos modelos de meios, entre eles o jornalismo sem fins lucrativos.

A rádio Pacífica foi fundada por Lew Hill, um pacifista que se recusou a lutar na Segunda Guerra Mundial. Quando saiu do centro de detenção depois da guerra, disse que os EUA necessitava de um canal que não fosse administrado pelas empresas que enriqueciam com a guerra. Necessitava, disse, de um meio administrado por jornalistas e artistas.

Nas palavras do falecido George Gerbener, decano da Faculdade Annenberg de Comunicação da Universidade da Pensilvânia: um meio que não é administrado por “empresas que não têm nada a dizer e querem vender tudo, que são as que estão criando nossos filhos hoje em dia”.

KPFA, a primeira rádio da rede Pacífica, foi ao ar pela primeira vez em Berkeley, Califórnia, no dia 5 de abril de 1949. A rádio FM estava nas fraldas naquele momento, razão pela qual a KPFA teve que criar e entregar rádios FM para que as pessoas escutassem a emissora. A rádio Pacífica tentou algo que ninguém acreditou que funcionaria: construir uma rede com base no apoio financeiro voluntário de ouvintes individuais, um modelo que logo foi adotado pela Rádio Pública Nacional (NPR, na sigla em inglês) e pela televisão pública.

A rede Pacífica cresceu até ter cinco emissoras: KPFA em Berkeley, KPFK em Los Angeles, WBAI em Nova York, WPFW em Washington e KPFT em Houston. Em 1970, em seus primeiros meses de funcionamento, a KPFT, converteu-se na única emissora de rádio nos Estados Unidos cujo transmissor sofreu um atentado a bomba. O explosivo foi colocado pela Ku Klux Klan. O “Grande Mago” da KKK, seu máximo líder, descreveu o ataque como seu ato de maior orgulho. Creio que foi porque entendeu o quanto perigosa era a rádio Pacífica, já que permitia que as pessoas falassem por si mesmas. Quando se escuta alguém falar da própria experiência – uma criança palestina, uma mãe israelense, um avô do Afeganistão – isso rompe os estereótipos que alimentam os grupos de ódio que dividem a sociedade. Os meios podem construir pontes entre comunidades, ao invés de pregar seu bombardeio.

A Pacífica é um refúgio para quem pensa diferente. Na década de 50, quando o legendário cantor e líder afroestadunidense Paul Robeson foi incluído na “lista branca” durante a caça às bruxas do senador Joseph McCarthy, e foi proibido de ter acesos a praticamente todos os espaços públicos nos EUA, com exceção de umas poucas igrejas negras, sabia que podia ir a KPFA e ser escutado. O grande escritor James Baldwin debateu com Malcolm X acerca da eficácia das táticas não violentas de desobediência civil no Sul. O debate foi transmitido pela WBAI. Fiz minha primeira incursão no jornalismo de rádio na sala de imprenda da WBAI. Hoje, a tradição da Pacífica é mais do que nunca necessária.

Nesta era digital de alta tecnologia, com a televisão de alta definição e a rádio digital, todo o que obtemos é mais estática e ruído: esse véu de distorções, mentiras, falsidades e meias verdades que obscurecem a realidade. O que os meios de comunicação deveriam nos dar é estática em outro sentido: uma estática crítica, questionadora, que produza uma interferência não desejada sobre o discurso dominante. Necessitamos meios que cubram o que acontece no nível do poder e não que encubram o poder. Necessitamos de meios que sejam o quarto poder e não parte do poder do Estado. Necessitamos meios que cubram os movimentos que criam a estática e fazem a história.

Com mais canais do que nunca, a falta de diversidade de opinião é estarrecedora. A liberdade de imprensa está consagrada na Constituição, no entanto, nossos meios atuam em grande medida como um megafone daqueles que estão no poder. No momento em que enfrentamos crises sem precedentes –desde o aquecimento global até as guerras mundiais e a crise econômica mundial– também há uma oportunidade de mudança sem precedentes.

Onde se reunirão os pensadores inovadores, os ativistas de base, os líderes da luta pelos direitos humanos e os cidadãos comuns para discutir soluções aos problemas mais urgentes da atualidade?

Por exemplo, apesar de haver muitas pessoas nos EUA –no movimento pacifista e também nas forças armadas– que se opõem ao envio de mais soldados ao Afeganistão, como fizeram no Iraque, não vemos nem escutamos praticamente nenhuma destas vozes dissidentes nos meios estadunidenses. Apesar de algumas pesquisas indicarem que a maioria dos estadunidenses apóia o sistema de saúde de pagador único, estas vozes são basicamente ignoradas ou menosprezadas nos jornais e nos programas das grandes cadeias de notícias.

Em minhas viagens pelo país, perguntaram-me outro dia o que pensava sobre os meios hegemônicos. Disse que pensava que eram uma boa idéia. No 60° aniversário da Rede Rádio Pacífica, deveríamos celebrar a tradição da dissidência e do poder das vozes diferentes na hora de resolver conflitos de forma pacífica.

22 de abril de 2009

Primeiro de maio anarcosindicalista en Ferrol.

Vén de chegarnos a seguinte convocatoria libertaria para o primeiro de maio de 2009 en Ferrol:

Primeiro de maio anarcosindicalista en Ferrol.

Como cada ano a clase traballadora sairá á rúa o primeiro de maio nunha xornada de loita e reivindicación. Nesta ocasión o anarcosindicalismo galego, da man da CNT, vén de convocar unha xornada unitaria na nosa cidade.

Unha xornada enmarcada na crise económica que co lema Todos os días 1 de maio será a manifestación da dignidade da clase obreira, da reivindicación da xustiza social e a favor da emancipación das traballadoras e traballadores.

Para Unión Libertaria esta convocatoria é de especial importancia pola grandísima incidencia que a crise do capital está a ter na precariedade e no aumento do paro.

Unha crise que nos fan pagar a traballadoras e traballadores e coa que, de seguro, pretenderán argumentar novos recortes en dereitos e liberdades. Mais tamén é importante para nós porque por primeira vez en moito tempo o anarquismo galego escolle a nosa cidade para sacar adiante esta xornada de loita do primeiro de maio.

É por isto que, facendo nosa a convocatoria, dende Unión Libertaria realizamos un chamamento aberto á participación neste primeiro de maio do que esperamos un antes e un despois na nosa comarca.

A convocatoria é a seguinte:
Unidade acción autoxestión!!. Outro sindicalismo é posible!!
  • Venres, 1 de maio de 2009:
• Manifestación en Ferrol dos sindicatos da CNT na Galiza
• Saída ás 12:30 horas, do local da CNT en Ferrol (Avenida de Esteiro, 10)
• Mitin ás 14:00 horas, no mesmo local.

Unionlibertaria.
Av/ Esteiro 10, baixo Ferrol.

3 de abril de 2009

Divertimento especial VI Conspirando. Entrevistas: Retobato e Roger de Flor 02/04/09

[FINAL+Cartel+VI+Conspirando+COR+PUBLIS+BLOG.jpg]

Na última edición de Divertimento para pequenos monstros, contamos coa presenza de Pablo do grupo punk Retobato e con Roger de Flor, ambos participantes na inminente VI edición do CONSPIRANDO que está a ponto de explosionar. Ademáis conversamos con Iago e Miguel, O Recuncho, que nos contan detalles da organización deste festival do que ademáis, o propio Colectivo Opaíí!, nos achegan novas de última hora.

Ficades co audio do Divertimento, nun formato especial de hora e media:
Descargar o arquivo


Programaçom do VI Conspirando por umha Rádio Libre, o festival que organiza o Colectivo OPAII para o apoio e difussom de Rádio FilsipiM, a rádio livre e comunitaria da Terra de Trasancos que emite desde Ferrol.
  • Data: Xoves 9 de abril de 2009
  • Lugar: O Inferno [Pista polideportiva da praza do Inferniño – Ferrol]
  • Entrada: Gratuita
ACTIVIDADES PROGRAMADAS:
  • Programa de radio especial: Dende o estudio de Rádio Filispim, 93.9 FM, emitirase um programa especial cas voces d@s protagonistas, durante e tarde-noite do xoves 9 de abril.
  • Feira de Colectivos: A partir das 18:00h. Colectivos inscritos até o momento: Rede FerrolTroca, ONG Lena, LiberaONG, A.C. Fuco Buxán, Ateneo Ferrolán, Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol, El Militante, Espazo Libertario, Fundaçom Artábria, Briga, Coop. Xoaniña, Artefeitocaseiro, Mesa pola Normalización Lingüistica, Colectivo Opaii!–Rádio FilispiM.
  • Colectivo de Uruguayos en Ferrol instalarán un “tanque” donde asarán chourizos.
  • Massa Crítica Ferrolá, convoca unha “bicicletada” aberta a tod@s @s afeccionad@s que partirá baixo da carpa ás 20:00 h., en punto, para dar unha volta por Ferrol.
  • Festival de música: A partir das 22:00 h.:
  • Retobato (Punk Rock) – Ferrol
  • Roger de Flor e amigos (Pop-Swing) – Fene
  • Sacha na Horta (Fusión) – Compostela
Todos os actos na Praza do Inferniño, baixo umha carpa con entrada de balde.

Colaboran: Ateneo Ferrolán, Asociación Cultural "Castelo de Moeche",Colectivo Fervesteiro e a Concellaría de Cultura – Ferrol.

Apoiam:
A.VV O Rosario-Inferniño, A.VV Ensanche A, Colectivo Ártabra21, Fundaçom Artábria, Marcha Mundial das Mulleres, Pizzería Rincón Argentino, Ganya GrouShop, Pub Manchita Cosa, Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol, ONG Lena, A.C. Fuco Buxán.
Ver mapa máis grande
Descargar a cunha radiofónica.

1 de abril de 2009

A ONU reclama aos gobernos respecto aos medios comunitarios.

O Relator Especial das Nacións Unidas para a Liberdade de Expresión, Frank La Rue, concedeu unha entrevista a ALER (Asociación Latinoamericana de Educación Radiofónica), en Quito, Ecuador.

La Rue é guatemalteco, activista de Dereitos Humáns, foi exiliado durante 12 anos pola represión no Goberno de Lucas García, foi compañeiro de loita de Rigoberta Menchú, premio Nobel da Paz.

A entrevista está conducida por Hugo Ramírez e Carlos Flores e na mesma participan diversas radios comunitarias de varios países que preguntaron ao relator da ONU pola situación dos medios de comunicación comunitarios e o avance da lexislación sobre Liberdade de Expresión.






Audio e texto publicado en Más Voces: www.masvoces.org
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...